Comandante do 'Costa Concordia' cometeu erro

Comandante do 'Costa Concordia' cometeu erro

 

A "Costa Crociere" pediu a prisão do comandante que, entre outros erros, deixou o navio antes de todos os passageiros saírem

A empresa "Costa Crociere", proprietária do navio de cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou na madrugada do último sábado matando ao menos cinco pessoas, admitiu neste domingo que o comandante "cometeu erros de julgamento" e "não observou os procedimentos" para situações de emergência.

 

"A justiça, com a qual a Costa Crociere colabora, determinou a prisão do comandante,Francesco Schettino contra quem pesam graves acusações", destacou a companhia.

 

"Parece que o comandante cometeu erros de julgamento que tiveram graves consequências" e que "suas decisões na gestão da emergência ignoraram os procedimentos da Costa Crociere, que seguem as normas internacionais", informou a empresa.

 

Navio ficou sem comandante

 

O promotor de Grosseto, Francesco Verusio, confirmou neste domingo que o comandante Schettino abandonou o barco "muito antes de que todos os passageiros fossem retirados", e acrescentou que "a trajetória seguida pelo navio de cruzeiro não era boa".

 

Segundo a imprensa italiana, o comandante foi encontrado em terra às 23h40 (20h40 de Brasília), e os últimos passageiros só foram retirados por volta das 05h00 GMT (03h00 de Brasília).

 

Manobra

 

Segundo alguns, o navio estava fazendo uma manobra chamada "l'inchino", "reverência" em italiano, para saudar os 800 moradores da ilha de Giglio.

 

Várias testemunhas e homens da Guarda Costeira disseram que o Costa Concordia navegava perto demais da costa da ilha de Giglio, situada diante do litoral do sul da Toscana.

 

O promotor Verusio afirma que o comandante "se aproximou de forma imprudente da ilha de Giglio, e o navio se chocou contra uma rocha que destruiu boa parte de seu lado esquerdo, fazendo a embarcação adernar e receber uma enorme quantidade de água em dois ou três minutos".

 

Comandante e tripulação

 

Francesco Schettino, que entrou na companhia em 2002, como responsável de segurança, foi promovido à comandante em 2006, após concluir com sucesso todos os cursos de formação.

 

A companhia afirma ainda que os membros da tripulação "realizam exercícios de evacuação a cada duas semanas" e que os "passageiros participam igualmente de um exercício" de abandono de navio logo após o embarque.

 

O acidente

 

O navio de cruzeiro de quase 300 metros naufragou depois de bater em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, com 4.229 pessoas a bordo, sendo 3.200 turistas de 60 nacionalidades e mais de mil membros da tripulação.

 

Fonte: https://www.band.com.br/noticias/mundo/noticia/?id=100000480047