Pais, alunos e educadores estão preocupados com o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Alagoas. De acordo com dados preliminares, ainda não confirmados pela Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), das 80 vagas ofertadas pelo curso de Medicina da Ufal, apenas 8,75% ficaram com estudantes alagoanos. Destes, cinco alunos seriam oriundos de uma escola particular em Maceió, um de uma escola em Rio Largo, e outro aluno ainda não identificado. Os dados provocaram uma ‘reação’ nas mídias sociais.
Há várias comunidades em mídias sociais e manifestações negativas no Twitter e outras redes, inclusive com a proposta de acionamentos judiciais. Os alunos, lembram - ainda - o vazamento de questões durante a aplicação das provas por dois anos seguidos.
Estudantes e professores questionam, sobretudo, a ‘invasão’ de alunos de outros estados na federal de Alagoas. A reportagem do Alagoas24Horas conversou com um educador da escola que teve alunos aprovados em Medicina e ele demonstrou preocupação com o sistema adotado pela universidade de Alagoas.
O professor destacou a diferença de nível entre alunos de Alagoas e de outros estados, mesmo com o conteúdo programático sendo o mesmo, conforme determina o Ministério da Educação (MEC). Segundo o educador, o Processo Seletivo Seriado (PSS) seria um procedimento mais justo.
Os alunos avaliam, ainda, que ‘perderão’ as vagas para aprovados que consideram a Ufal segunda opção. Na prática, os alunos de outros estados prestam vestibular em várias instituições, escolhendo posteriormente a que melhor lhe convier. Com isso, o número de alagoanos até pode aumentar, mediante a desistência dos aprovados inicialmente. “Isso é ruim para o aluno e para a instituição”, avalia o educador.
Na próxima quarta-feira, dia 18, o MEC deverá divulgar a segunda chamada do Enem. Os educadores acreditam que o mesmo problema será verificado em outros cursos da Ufal.
Fonte: https://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=118030